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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Sentimento que não quero mais

Jogo fora, me revolto, entristeço e aborreço. Mas saudade, decidi, não quero mais.
Me desfarei de coisas que só maltratam
mandei embora, serei livre.

'Mas como, se ontem era tudo feliz melancolia?' - alguém intrigado há de perguntar
'Mas então me jogastes fora, é o que dizes?' - alguém indignado há de questionar
'Perdi contigo meu tempo e te perdi...?' - alguém arrependido há de cogitar
'Então é sem volta?' - alguém choroso há de lamentar
'E se, no fim, para mim não houver outra na vida?' - alguém desesperado há de imaginar

De tudo isso fico me rindo
Calma, explico:
Digo que a saudade é que não quero mais

E como farei que ela se vá?
Apenas tendo aqui os que não me deixarão sentí-la
Até gosto dela...

Mas à melancolia que me traz;
às coisas jogadas fora;
ao tempo perdido;
E às idas sem volta,
prefiro a ti

Alguém intrigado
que indignado me questiona
que se arrepende
chora e me ganha

Alguém que se desespera imaginando
não haver outra na vida
que o permita ser inteiro

Até gosto da saudade...
Só escolho deixá-la ir
Para em vez dela, te ter

2 comentários:

  1. "Jogo fora, me revolto, entristeço e aborreço. Mas saudade, decidi, não quero mais.
    Me desfarei de coisas que só maltratam
    mandei embora, serei livre"...

    Dá vontade disso: juntar todas as coisinhas que nos pesam, e como num passe de mágica jogar tudo pro alto e a partir daí sentir levezas por dentro...


    Gostei. Diria: "Ana Favos" depois que li essas super-doçurinhas-compartilhadas.

    Beijo doce!

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  2. Ah que surpresa já te ver por aqui! Rs ^^. amei o comentário. Beijos e volte qts vezes quiser.

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