Comprei um despertador, espero que me obedeça
Não há coisa que mais aborreça (ou frustre)
que a sensação do despertar na hora errada.
Se cedo demais, damos jeito
Se tarde, quem sabe?
Nessa ansiedade quase não durmo
receio que o cansaço de uma vez me vença
e o sono seja muito profundo
Melhor o cultivo das vigílias pesadas
a perder o momento exato do despertar.
[Embora o abrir os olhos seja redescobrir o mundo - mágico
e permanecer em vigília não permita este encanto.
Pois o que desperta, renasce.
O que acordado já estava, vê nascer.
São milagres distintos]
Deixo que durmas
observo tuas fontes, esvaindo-se de antigas amarguras.
Te desejo um repouso-nascente, de sonhos.
Na calmaria.
Que combinem com os meus, quais guardo em insônia.
Que te sejam esperança
A minha é que, quando já os tiveres sonhado, despertes
Para que possamos retomá-los, no momento exato. Nem antes, nem depois.
Espaço dedicado a compartilhar expressões, reflexos e meras impressões através de textos, desenhos ou fotografias.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
sábado, 24 de julho de 2010
Samba de menina
Essa menina-café
com sabor de chocolate
tem um cheiro-delícia
Que me derrete todo, todo
Essa menina-mulher
que pouca gente sabe
tem segredos e quitutes
que fazem bem ao meu coração
Ela me mexe
ela me bate
e ela me põe pra descansar
Por ela eu cresço
e quase explodo
De tanto tanto amor pra dar!
Ai ai ai, ai ai ai (é de tanto amor pra dar)
Ai ai ai, ai ai ai (é de tanto tanto amar)
Mas essa menina-café
quando unta esses lábios
Só me faz imaginar
De que é feito tanto sabor?
Oo ô, Oo ô (é de tanto amor pra dar)
Oo ô, Oo ô (é de tanto tanto amor)
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Reggae Bom
E eu, que hoje acordei slow motion?
Eu que hoje sinto uma enorme vontade de desacelerar
De ser menos intensa em tanta coisa, como em mágoas desnecessárias
Que escorram para o ralo, com a água do chuveiro
Onde lava-se o corpo, mas o que se busca enfim é a alma limpa
Então desacelero
Escuto um raggae bom
Leio textos e poemas
Admiro fotografias, viajo para estes lugares
Só peço um pequeno sorriso
Causado por qualquer coisa comum
A felicidade é simples
Não se explica o pulsar nas veias
Só peço um sorriso teu
Que o meu vem logo atrás
Eu que hoje sinto uma enorme vontade de desacelerar
De ser menos intensa em tanta coisa, como em mágoas desnecessárias
Que escorram para o ralo, com a água do chuveiro
Onde lava-se o corpo, mas o que se busca enfim é a alma limpa
Então desacelero
Escuto um raggae bom
Leio textos e poemas
Admiro fotografias, viajo para estes lugares
Só peço um pequeno sorriso
Causado por qualquer coisa comum
A felicidade é simples
Não se explica o pulsar nas veias
Só peço um sorriso teu
Que o meu vem logo atrás
terça-feira, 13 de julho de 2010
Trilogia 's'
Sequência
Se sou forte, me fiz assim
Ainda que palavras tuas me desmoronem
E já não domine coisa alguma
Existem, dentro de mim
coisas em tua homenagem
Das quais me esqueço
Porém, elas se acendem
quando pisca a tua memória
quando ligações remotas, mortas
num breve curto
deixam ver finas faíscas
Mínimos lampejos de
dias passados e
horas de mimos a fio
Comendo, andando
Cantando e fazendo
tudo o que se podia fazer
Vivendo e amando
sem saber
Sequela
No fundo, sei que tenho saudade
É que prefiro não lembrar
lembrança que gera choro
-não só do tipo bom-
Choro de falta sentida
Choro de dor causada
e mais choro (de raiva) por saber
que ainda se chora saudades de quem muito magoou
Por estes simples motivos
e sentimentos embaralhados
a preferência é não lembrar
Mas do que resulta isso,
se não do amar e ser deixado? Ou
de tanto amar, deixar partir?
Sina
O que já foi levo comigo
Numa caixinha de gaveta
Que recheio, com folhas secas
pétalas murchas
e perfumes passados
Guardo pedacinhos
que se alimentam de esperanças
secretas
De tempos em tempos
Sei que alguns ventos
Me roubam estes segredos
para pousá-los nos teus ouvidos
É aí que nossa reflexão se encontra
e faz coro com um universo
que só deseja o retorno nosso
Conspiração tal que me faz segura e calma.
Que nos tempos certos
me conta da tua volta
se consumindo em fogo
e em entrega, sem traição.
Se sou forte, me fiz assim
Ainda que palavras tuas me desmoronem
E já não domine coisa alguma
Existem, dentro de mim
coisas em tua homenagem
Das quais me esqueço
Porém, elas se acendem
quando pisca a tua memória
quando ligações remotas, mortas
num breve curto
deixam ver finas faíscas
Mínimos lampejos de
dias passados e
horas de mimos a fio
Comendo, andando
Cantando e fazendo
tudo o que se podia fazer
Vivendo e amando
sem saber
Sequela
No fundo, sei que tenho saudade
É que prefiro não lembrar
lembrança que gera choro
-não só do tipo bom-
Choro de falta sentida
Choro de dor causada
e mais choro (de raiva) por saber
que ainda se chora saudades de quem muito magoou
Por estes simples motivos
e sentimentos embaralhados
a preferência é não lembrar
Mas do que resulta isso,
se não do amar e ser deixado? Ou
de tanto amar, deixar partir?
Sina
O que já foi levo comigo
Numa caixinha de gaveta
Que recheio, com folhas secas
pétalas murchas
e perfumes passados
Guardo pedacinhos
que se alimentam de esperanças
secretas
De tempos em tempos
Sei que alguns ventos
Me roubam estes segredos
para pousá-los nos teus ouvidos
É aí que nossa reflexão se encontra
e faz coro com um universo
que só deseja o retorno nosso
Conspiração tal que me faz segura e calma.
Que nos tempos certos
me conta da tua volta
se consumindo em fogo
e em entrega, sem traição.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Por que falar da chuva?
Que céus vermelhos
me trazem olhos carregados
no meio da noite
E pestanejam estrondos.
Olhos úmidos, um vale inundado
Que olhos vermelhos
pressentem nuvens densas
no meio de um escuro imenso
onde aquelas gotas brotam
Inicialmente carinhosas, até caridosas
mas que têm por gosto a união
de formações mais destrutivas
fenômeno devastador
No entanto, sem atingir objetos e outros alvos,
prevalece apenas meditação doída
que se certifica de esquecimentos constantes
(exceto quando ela vem, precipitada)
E traz consigo ponderação de verdades
julgamentos e sofrimentos
Que ela não corra, nem goteje
que de uma vez rasgue um céu manchado
arraste o que vier adiante
arranque qualquer raiz
Pois, com sorte, estarão todas definitivamente exterminadas
palavras há anos plantadas
insistentes em crescer sem cultivo
Tal qual erva daninha.
As poças formadas aos olhos refletem
tudo de uma alma
Ali boiam imagens respingadas de lama
que a chuva relembra
e também desfaz
me trazem olhos carregados
no meio da noite
E pestanejam estrondos.
Olhos úmidos, um vale inundado
Que olhos vermelhos
pressentem nuvens densas
no meio de um escuro imenso
onde aquelas gotas brotam
Inicialmente carinhosas, até caridosas
mas que têm por gosto a união
de formações mais destrutivas
fenômeno devastador
No entanto, sem atingir objetos e outros alvos,
prevalece apenas meditação doída
que se certifica de esquecimentos constantes
(exceto quando ela vem, precipitada)
E traz consigo ponderação de verdades
julgamentos e sofrimentos
Que ela não corra, nem goteje
que de uma vez rasgue um céu manchado
arraste o que vier adiante
arranque qualquer raiz
Pois, com sorte, estarão todas definitivamente exterminadas
palavras há anos plantadas
insistentes em crescer sem cultivo
Tal qual erva daninha.
As poças formadas aos olhos refletem
tudo de uma alma
Ali boiam imagens respingadas de lama
que a chuva relembra
e também desfaz
Assinar:
Postagens (Atom)