Taí, um aviso que seria mais útil aparecendo no cérebro,
enquanto dizeres são ainda tecidos
Que surgisse como um alerta:
antes que palavra fosse dita
O comedimento é um bom conselheiro.
Séries de informações seriam melhores
se contidas, em justos 'frames'
Quando vomitam-se, simplesmente,
percepções a cerca das coisas,
há risco de exceder as sinceridades
Minar tanta intimidade
A língua refreada pode atenuar (ou evitar)
certas dores
Em igual proporção (inversa), a sabedoria ausente causa sempre
abismo maior
Onde ocorreu um ferir
Pode vir outro contundir-se, ou melindrar
o contristar-se
Numa enxurrada de palavras
Que denotam desagrado e amarguras
do que pudera ser
martírio amável, vício dominador
Uma torrente de máságuas
Espaço dedicado a compartilhar expressões, reflexos e meras impressões através de textos, desenhos ou fotografias.
terça-feira, 27 de abril de 2010
Comentário a moderar
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Mudando de assunto... Que tal a Lua?
Decidi postar um texto que não é tão novo. Ele foi escrito em agosto de 2009, num momento ruim, mas não como o ápice de uma dor e sim quando ela já está passando. Como a sensação de uma criança que chorou por horas a fio, e no fim, restam respirações fundas entre um soluço e outro. Com piscadas lentas e vistas embaralhadas, mas que mesmo embaçadas já não enxergam apenas os flagelos e permitem ver alguns pontos verdes, de esperança.
Faz mesmo tempo que não a vejo assim
Cheia [de si] em luz envolta
Juntos estão
e mesmo o vento sendo frio
aquece o coração
Deseja o que é novo
Procura o crescimento
a trasformação
Agora não se apavora
Se sente de pé
Se sente no chão
De mãos dadas a quem já sabe o caminho
ainda desconhecido
Um que não erra
maior que si mesma
Agradável é, não sentir peso
Leve, não ter que conduzir outro
Conhecendo plenamente a própria falibilidade
Faz mesmo tempo que não a vejo assim
Cheia [de si] em luz envolta
Juntos estão
e mesmo o vento sendo frio
aquece o coração
Deseja o que é novo
Procura o crescimento
a trasformação
Agora não se apavora
Se sente de pé
Se sente no chão
De mãos dadas a quem já sabe o caminho
ainda desconhecido
Um que não erra
maior que si mesma
Agradável é, não sentir peso
Leve, não ter que conduzir outro
Conhecendo plenamente a própria falibilidade
terça-feira, 20 de abril de 2010
Conversas Editadas
Donna¤COƒƒEE
Com a correria, todo tempo é reduzido. Mesmo quando sobra, não se gasta em excessiva antenção aos casados. Sistemas são sistemas. Mas, como permanecem amigos, merecem alguma antenção que seja (rara, porém genuína). Reclamações gravitam a cerca deste 'alguma', que seria próximo ao zero. Enfim, a vida segue para todos:
Vou bem
trabalhando...
vivendo...
amando...
Também
trabalhando
trabalhannndo
e trabalhando, as vezes vivo um pouco
E o amor?
Ah, nada
ainda ontem lembrei
Lembrou?
Tarde de domingo, de muito calor
um amigo convidou, a passear por cafeterias da cidade, em busca de um café gelado:
Só posso ter cheiro de café! Os queridos chamam, sem mais, para ir à cafeterias
(que, convenhamos, não é costume comum dos brasileiros) e nem ao menos perguntam, antes, se existe gosto pelo tal. Ou seja, deve estar estampado, em algum lugar
Não,
tens cheiro é de conhecimento
que sugere boas e longas conversas
que combinam com fins de tarde em lugares agradáveis
que lembram cafés!
Bons tempos
- Moral da história: As vezes, qualquer diálogo inesperado no meio de uma tarde comum, faz ver conceitos. E quando alguém pensar 'já não há amigos', busque as próprias memórias. Ouvi dizer que recordar também é viver, então lembre , sim. Lembre, sempre. Mas só daquilo que vale a pena passar outra vez.
(Agradecimentos ao amigo que emprestou palavras ao texto, saudades. Prometo acrescentar desenho ao post!)
Com a correria, todo tempo é reduzido. Mesmo quando sobra, não se gasta em excessiva antenção aos casados. Sistemas são sistemas. Mas, como permanecem amigos, merecem alguma antenção que seja (rara, porém genuína). Reclamações gravitam a cerca deste 'alguma', que seria próximo ao zero. Enfim, a vida segue para todos:
Vou bem
trabalhando...
vivendo...
amando...
Também
trabalhando
trabalhannndo
e trabalhando, as vezes vivo um pouco
E o amor?
Ah, nada
ainda ontem lembrei
Lembrou?
Tarde de domingo, de muito calor
um amigo convidou, a passear por cafeterias da cidade, em busca de um café gelado:
Só posso ter cheiro de café! Os queridos chamam, sem mais, para ir à cafeterias
(que, convenhamos, não é costume comum dos brasileiros) e nem ao menos perguntam, antes, se existe gosto pelo tal. Ou seja, deve estar estampado, em algum lugar
Não,
tens cheiro é de conhecimento
que sugere boas e longas conversas
que combinam com fins de tarde em lugares agradáveis
que lembram cafés!
Bons tempos
- Moral da história: As vezes, qualquer diálogo inesperado no meio de uma tarde comum, faz ver conceitos. E quando alguém pensar 'já não há amigos', busque as próprias memórias. Ouvi dizer que recordar também é viver, então lembre , sim. Lembre, sempre. Mas só daquilo que vale a pena passar outra vez.
(Agradecimentos ao amigo que emprestou palavras ao texto, saudades. Prometo acrescentar desenho ao post!)
domingo, 18 de abril de 2010
LinhaS
Dizem que o tempo é feito ℓιинα, tem começo, meio e fim. Pode ser.
E imagino que seja ∂єgяα∂ê, onde cores correspondem a momentos.
Não existem linhas apenas paralelas, ou não haveriam histórias a serem contadas. Pois, é no encontrar de linhas e cores que elas nascem... morrem. Nalgumas, de encontros e encontros formam-se иóѕ.
Larguei ali, no armário, um bocado destes, emaranhados.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Contos da Juventude - parte II
- Inesperada
Totalmente imprevisível
Nunca sei que resposta esperar...
Nem reação
Que, mesmo boa, me surpreende
Apreensão: a cada proposta lançada
por mais simples que seja
prendo a respiração
por não cogitar as respostas
É exatamente o que mais gosto
e prende minha atenção
Posso obter um NÃO objetivo;
um SIM indeciso;
Ou ainda uma mescla de modos
Como aquele SIM seco
e um NÃO espantosamente doce
Você parece brincar de quebra-minha-cabeça
em respostas que dissimulam intenções
e eu nunca sei
E adoro.
(A moça nunca o disse, mas pensava: "eu também!")
Totalmente imprevisível
Nunca sei que resposta esperar...
Nem reação
Que, mesmo boa, me surpreende
Apreensão: a cada proposta lançada
por mais simples que seja
prendo a respiração
por não cogitar as respostas
É exatamente o que mais gosto
e prende minha atenção
Posso obter um NÃO objetivo;
um SIM indeciso;
Ou ainda uma mescla de modos
Como aquele SIM seco
e um NÃO espantosamente doce
Você parece brincar de quebra-minha-cabeça
em respostas que dissimulam intenções
e eu nunca sei
E adoro.
(A moça nunca o disse, mas pensava: "eu também!")
domingo, 11 de abril de 2010
Sazonal: Contos da Juventude [parte 1]
Naquele sábado a noite, quando toda a lista de diversão possivel estava esgotada e nada deu certo. Depois de ligações, mensagens e produções, todo o combinado fora abaixo. O jeito era contentar-se com um resto de madrugada naVagando online.
Os "encontros" com amigos, colegas ou (no mínimo) UM conhecido que converse atoa e fale por falar são comuns. Ela falou por falar:
-vamo dançar
-só marcar, mas vc nunca...
-vamo agora
-o que??
- ¬¬ VA-MOS SAAIR PA-RA DAN-ÇAR?-!-?-! (fazendo o estilo 'quer que eu desenhe?')
E continuou:
-vc não disse que tá fazendo aula? e que só falo, mas nuca vou? então, podia ser hj.. tô fazendo nd
A criatura enlouqueceu e a moça não compreendia o por quê:
-não acrediiito nisso, mentira! tô esperando a chance há um tempãoo..
-e é? 'Oo
-É! aí quando surge a oportunidade.. não dá :(
meu pai vendeu o carro dele há dois dias e precisava viajar no fim de semana
como nunnca saio msm, emprestei o meu! :/
Ah, nãao. Parece até que vc fez de propósito, como se soubesse que não ia ter como ¬¬
A essa altura, a moça já tinha se divertido (muito) com a história, rindo e achando boa, quando o rapaz disse algo que ela prezou saber.
-porque vc é assim?
-?? assim.. como
-inesperada
[continua...]
Os "encontros" com amigos, colegas ou (no mínimo) UM conhecido que converse atoa e fale por falar são comuns. Ela falou por falar:
-vamo dançar
-só marcar, mas vc nunca...
-vamo agora
-o que??
- ¬¬ VA-MOS SAAIR PA-RA DAN-ÇAR?-!-?-! (fazendo o estilo 'quer que eu desenhe?')
E continuou:
-vc não disse que tá fazendo aula? e que só falo, mas nuca vou? então, podia ser hj.. tô fazendo nd
A criatura enlouqueceu e a moça não compreendia o por quê:
-não acrediiito nisso, mentira! tô esperando a chance há um tempãoo..
-e é? 'Oo
-É! aí quando surge a oportunidade.. não dá :(
meu pai vendeu o carro dele há dois dias e precisava viajar no fim de semana
como nunnca saio msm, emprestei o meu! :/
Ah, nãao. Parece até que vc fez de propósito, como se soubesse que não ia ter como ¬¬
A essa altura, a moça já tinha se divertido (muito) com a história, rindo e achando boa, quando o rapaz disse algo que ela prezou saber.
-porque vc é assim?
-?? assim.. como
-inesperada
[continua...]
terça-feira, 6 de abril de 2010
Por partes!
Contradição (2 de 2)
Que esse é o nosso imã
digo e não ligo
é amor, é amigo
afeto meu, intolerante, ao orgulho conquistador
Num - sorriso confiante
noutro - despeitado semblante
É natural, é lívido
cativante e próprio
que sempre oculta mais que mostra
e, as vezes, n'algum gesto por acaso
Revela além das letras
linguagem particular
Nos contra, dizemos.
Como jamais confessamos o que de fato queremos
Mesmo a contradição só reafirma
a essência da vontade
empenhada na omissão...
Por ora sem êxito, que ela lateja
Que esse é o nosso imã
digo e não ligo
é amor, é amigo
afeto meu, intolerante, ao orgulho conquistador
Num - sorriso confiante
noutro - despeitado semblante
É natural, é lívido
cativante e próprio
que sempre oculta mais que mostra
e, as vezes, n'algum gesto por acaso
Revela além das letras
linguagem particular
Nos contra, dizemos.
Como jamais confessamos o que de fato queremos
Mesmo a contradição só reafirma
a essência da vontade
empenhada na omissão...
Por ora sem êxito, que ela lateja
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Por partes
Contradição (1 de 2)
Nem precisa ser necessariamente falado
Ouvi: Nunca precisei dizer, nem você
Pensei e concordei - não, não precisou
Alguém me leu
um pouco entendeu
E muito não decifrou
Que os meus gestos eram contra os seus
Mas se seu peito comprimia o meu
Meus olhos encontravam em ti
o desejo de contrair-me os lábios
E contraías
Com_pressão
Então,
dei de banda
Negando-me a mostrar que queria o indevido
Bem assim mostrei
E quis
E tive
Larguei
Desejei não ter largado
Mas a perseguição nunca foi, por mim, aprovada
Apenas me fez falta aquela sombra
No algo não resolvido
Um tanto que não foi dito
eu ensaiei para dizer
E se agora quer saber?
Não digo
[... continua]
Nem precisa ser necessariamente falado
Ouvi: Nunca precisei dizer, nem você
Pensei e concordei - não, não precisou
Alguém me leu
um pouco entendeu
E muito não decifrou
Que os meus gestos eram contra os seus
Mas se seu peito comprimia o meu
Meus olhos encontravam em ti
o desejo de contrair-me os lábios
E contraías
Com_pressão
Então,
dei de banda
Negando-me a mostrar que queria o indevido
Bem assim mostrei
E quis
E tive
Larguei
Desejei não ter largado
Mas a perseguição nunca foi, por mim, aprovada
Apenas me fez falta aquela sombra
No algo não resolvido
Um tanto que não foi dito
eu ensaiei para dizer
E se agora quer saber?
Não digo
[... continua]
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