Os tique-taques estão longos
Já quase não se ouve
Por instantes vibram suas ondas no tempo
tremores em silêncio
Se perdeu, o antigo movimento
Não existem ou não podem mais ser vistos
Quando aparecem, estão em sonhos
Luzes que não piscam
lâmpadas apagadas, sinalizam a festa que findou
todos se foram e nada sobrou
além de certa melancolia
Se, não mais piscam, entristecem
O silêncio traz pó
assentado aos pensamentos
Poucos órgãos (questionadores)
insistem em marcar compasso
Em todo o resto, dominam as teias.
(Sem sucesso) tentam abafar a voz que fala... a ouvidos tapados
Espaço dedicado a compartilhar expressões, reflexos e meras impressões através de textos, desenhos ou fotografias.
terça-feira, 29 de junho de 2010
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Lembranças, saudades
Ando sumida, mas preciso voltar a postar rápido! Porque os textos não deixam de nascer. O de hoje é continuação do anterior, como se fosse sua segunda parte:
Já não somos as mesmas pessoas
sou outra
Já foi o tempo
e crescemos
Já foi distância
ainda somos nós
Vários nós
Em espaços largos
Nos apertamos, nos refizemos de
riso e lágrima
outra vez Beijo
e outra vez Dor
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Beijo e Dor
'O que foi?'
Como podes perguntar o quê
não sabes que tuas vestes que aqui ficaram
Ainda me cobrem?
Me cobrem
e não me vestem
é que falta nelas teu calor
[Tua presença é que me cobre]
Teu amor
Não quero não
mas espero
A peça acabar
O cansaço chegar.
A entrega e o retorno
Aguardo que, se voltares da guerra,
possamos recomeçar
Voltarás se quiseres
Quanto a mim, quero.
e que seja breve
para que não nos falte (mais) tempo
de viver toda nossa trilha
E aí, nesse peito,
Bem sabes o teu lugar
Bem funcionamos
lado a lado
e aguardo
Que quando vieres, já não seja tarde
nem perguntes o que foi
...Não quero não
Foi o beijo
Foi a dor
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Artes Marciais
Ninja até o fim sem fim
Num corpo a corpo costume
Ela faz graça e eu faço arte
A gente ri
Entre desesperos tudo é excelente!
Entre pensamentos, risos e
falas sérias
Todo o deleite
Não sei porque ainda procuro
e entendo assim que a encontro
Observo sua loucura cheia de dúvida
Acho graça das afobações em fuga
Acho linda
Não me canso
Com ela nunca vou
aonde quero
Nem realizo o que planejo
não tenho nada enfim. Mas insisto
É independente
talvez até irracional
Todavia, meu lado grita
por sentí-la
A gente dança
Se abraça
Se canta
Reina intensamente
depois, cumplicidade de
brandas chamas
Me recolho e descanso
sentindo-lhe o colo.
Então ela some,
mesmo não havendo possibilidade
Me escapa.
Usa suas artes
e me deixa,
no chão!
Num corpo a corpo costume
Ela faz graça e eu faço arte
A gente ri
Entre desesperos tudo é excelente!
Entre pensamentos, risos e
falas sérias
Todo o deleite
Não sei porque ainda procuro
e entendo assim que a encontro
Observo sua loucura cheia de dúvida
Acho graça das afobações em fuga
Acho linda
Não me canso
Com ela nunca vou
aonde quero
Nem realizo o que planejo
não tenho nada enfim. Mas insisto
É independente
talvez até irracional
Todavia, meu lado grita
por sentí-la
A gente dança
Se abraça
Se canta
Reina intensamente
depois, cumplicidade de
brandas chamas
Me recolho e descanso
sentindo-lhe o colo.
Então ela some,
mesmo não havendo possibilidade
Me escapa.
Usa suas artes
e me deixa,
no chão!
domingo, 6 de junho de 2010
Sem Nome...
Esse texto acaba de surgir e talvez nem estivesse pronto para ser postado ainda, mas será (prematuro! se for o caso). Ele não quis esperar... nasceu, com sorte e sem nome:
Quando o amor disse ao jogo
Admiro os corajosos, os que dizem
Este respondeu
Quando for a sua vez, jogue. Não passe
E se não houver mais laço que refaça?
Tente
Não imagino... dói
mas passa
Ou não
ou doem pra sempre, que seja
Para sempre é muito tempo
tem caso...
Pode não doer
mas dá saudade (e depois, sim, dói)
Dor, saudade e sal
A olhos externos é tudo estado perfeito
parece bom por algum tempo
No meio da partida o amor se perdeu e gritou
(é dele surgir em jogos de palavras
ou brotar, com graça, em meio às conversas)
Como verso desabrochando filosofia
Subjetivo e sem nexo ele é todo sentido
Foi tanta palavra, de origem diversa
feitas, no fundo, por um só
que tocam ambos a mesma música
Em calores de qualquer discussão
pode ser que amor e jogo
se façam um
'O que começou como nada, quando terminou era tudo... e não sabia' - eis a maior dor
Já não importa o quanto ficou
quem jogou e quem amou
Quando do fim, notou-se que havia começado há tempos - eis o maior lamento
Quanto à sorte:
é rara a possibilidade de encontrar em outro,
nova face de si mesmo
e ainda mais, poder vivê-la - maior sorte
Faltou apenas lucidez... um azar
terça-feira, 1 de junho de 2010
Oco
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