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domingo, 6 de junho de 2010

Sem Nome...

Esse texto acaba de surgir e talvez nem estivesse pronto para ser postado ainda, mas será (prematuro! se for o caso). Ele não quis esperar... nasceu, com sorte e sem nome:

Quando o amor disse ao jogo
Admiro os corajosos, os que dizem
Este respondeu
Quando for a sua vez, jogue. Não passe
E se não houver mais laço que refaça?
Tente

Não imagino... dói
mas passa
Ou não
ou doem pra sempre, que seja
Para sempre é muito tempo
tem caso...

Pode não doer
mas dá saudade (e depois, sim, dói)
Dor, saudade e sal
A olhos externos é tudo estado perfeito
parece bom por algum tempo

No meio da partida o amor se perdeu e gritou
(é dele surgir em jogos de palavras
ou brotar, com graça, em meio às conversas)
Como verso desabrochando filosofia

Subjetivo e sem nexo ele é todo sentido
Foi tanta palavra, de origem diversa
feitas, no fundo, por um só
que tocam ambos a mesma música

Em calores de qualquer discussão
pode ser que amor e jogo
se façam um

'O que começou como nada, quando terminou era tudo... e não sabia' - eis a maior dor
Já não importa o quanto ficou
quem jogou e quem amou
Quando do fim, notou-se que havia começado há tempos - eis o maior lamento

Quanto à sorte:
é rara a possibilidade de encontrar em outro,
nova face de si mesmo
e ainda mais, poder vivê-la - maior sorte
Faltou apenas lucidez... um azar

Um comentário:

  1. Rodapé: Posso dizer que este é de autoria composta. Provavelmente metade das palavras escritas não saíram de mim, mas é como se tivessem saído. Como quando estamos prestes a dizer algo e dizem por nós. Então, tomei emprestado alguns dizeres em suas formas literais. É um texto diferente dos outros, que são filhos de um só (poeta), bastardos do segundo; É especial por ter nascido como as pessoas, feitas a dois. ;} Preciso pôr nome no filho, sugestões?

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