Espremidas,
pode acontecer que, por acaso,
as pessoas mostrem quem de fato são
o que as preenche
e a que vieram
Revelam a feiúra horrenda que tanto prezam esconder.
Se, espremidas, isso é tudo que oferecem
Melhor fosse esmagá-las logo de vez
Espaço dedicado a compartilhar expressões, reflexos e meras impressões através de textos, desenhos ou fotografias.
segunda-feira, 29 de março de 2010
sexta-feira, 26 de março de 2010
Post sazonal...
A postagem anterior não foi prevista e bem espontânea. Então, decidi deixar seu título como um fixo, de postagens sazonais que chamarei de "Breves Comentários Noturnos". Afinal provavelmente quando não houver sono, tudo o que me preencherá a mente serão breves (ou nem tanto), superficiais, e as vezes complexos, comentários noturnos. Pretendo compartilhar alguns, aqui vai o segundo.
Contra-sensos:
Não se fie me lendo
descobrindo ou desvendando
que sou segredo
E não gosto de ser descoberto
...Só de quando em quando
Contra-sensos:
Não se fie me lendo
descobrindo ou desvendando
que sou segredo
E não gosto de ser descoberto
...Só de quando em quando
quarta-feira, 24 de março de 2010
Breve comentário noturno
Concluí:
De certo te quero bem
e feliz
Desde que longe de mim
Posto que, busco também
felicidade minha [e mais]
o bem próprio
De certo te quero bem
e feliz
Desde que longe de mim
Posto que, busco também
felicidade minha [e mais]
o bem próprio
segunda-feira, 22 de março de 2010
Solilóquio
Me remete à mesma dor
que não sei se é dor sua
Se é dor dele
Mas que é dor minha
Certo pedaço de outra história
Pedaço de outro amor
por não sair disso
Pedaço foi. Pedaço ficou
(F.Novaes)
que não sei se é dor sua
Se é dor dele
Mas que é dor minha
Certo pedaço de outra história
Pedaço de outro amor
por não sair disso
Pedaço foi. Pedaço ficou
(F.Novaes)
sábado, 13 de março de 2010
Curiosidade
Por que chamamos alguém de cínico?
Usa-se a palavra para definir pessoa dissimulada, não verdadeira. Encontramos aí, a mínima ligação (ainda restante), com o significado original: o Cinismo era uma doutrina de filosofia grega que considerava a honestidade o único requisito necessário para a felicidade. Único mesmo.
Os cínicos eram filósofos-mendigões, não davam importância à roupa, dinheiro, família, costumes, tradição e higiene (no sentido mais literal que podiam!). Só para a honestidade. Viviam conforme a natureza, como cachorros de rua, daí vem o nome (do grego, cyon=cachorro).
Diógenes foi o maior propagador da filosofia. Hoje, ironicamente, a palavra assumiu significado inverso. Quando alguém chama outro de cínico, está, na verdade, querendo dizer que o dito cujo age falsamente... De início, a intenção do comentário seria algo do tipo: - ah como é sincero, não??(nas entrelinhas: que mentira descarada!).
Caso curioso, é a frequência e volume de cínicos, em qualquer um dos sentidos - cachorros ou falsos - com os quais esbarramos diariamente. Em todos os lugares.
Usa-se a palavra para definir pessoa dissimulada, não verdadeira. Encontramos aí, a mínima ligação (ainda restante), com o significado original: o Cinismo era uma doutrina de filosofia grega que considerava a honestidade o único requisito necessário para a felicidade. Único mesmo.
Os cínicos eram filósofos-mendigões, não davam importância à roupa, dinheiro, família, costumes, tradição e higiene (no sentido mais literal que podiam!). Só para a honestidade. Viviam conforme a natureza, como cachorros de rua, daí vem o nome (do grego, cyon=cachorro).
Diógenes foi o maior propagador da filosofia. Hoje, ironicamente, a palavra assumiu significado inverso. Quando alguém chama outro de cínico, está, na verdade, querendo dizer que o dito cujo age falsamente... De início, a intenção do comentário seria algo do tipo: - ah como é sincero, não??(nas entrelinhas: que mentira descarada!).
Caso curioso, é a frequência e volume de cínicos, em qualquer um dos sentidos - cachorros ou falsos - com os quais esbarramos diariamente. Em todos os lugares.
segunda-feira, 8 de março de 2010
o Forte
Sempre fui livre
Apeguei-me a poucos amigos
Irritam-me uns semi-amores
E não me preocupo
com o termo regente
Quem pertence a quem?
Enquanto em mim, enobreço
O voar
O vento e seu chicote
O cabelo solto
Neste caminho também,
O frio no estômago
ou na espinha
Velocidade e incerteza
O que vem a seguir?
Improbabilidades de mim
relembram que participo inatamente
do âmago destas combinações
A essência do desprendido
Me compõe
Na liberdade fui feito
No nada
na ponta
Às minhas vistas, um mar
Apeguei-me a poucos amigos
Irritam-me uns semi-amores
E não me preocupo
com o termo regente
Quem pertence a quem?
Enquanto em mim, enobreço
O voar
O vento e seu chicote
O cabelo solto
Neste caminho também,
O frio no estômago
ou na espinha
Velocidade e incerteza
O que vem a seguir?
Improbabilidades de mim
relembram que participo inatamente
do âmago destas combinações
A essência do desprendido
Me compõe
Na liberdade fui feito
No nada
na ponta
Às minhas vistas, um mar
terça-feira, 2 de março de 2010
Dizer, falar, cantar Lenine
"Queria cantar Lenine... Aquele ritmo que vai envolvendo e dá até uma vontade de paixão. Eu canto, mas como não sou boa em representar a este nível, preciso mudar pequenos detalhes. Quase nada:
Já conheci muita gente
Gostei de alguns garotos...
depois gostei de você
E vi que era igual aos outros
Ninguém pode acreditar
Na gente lado a lado
Daqueles mil amigos
você foi meu namorado
Procuro evitar comparações
Entre amores e desilusões, eu tento
Mas não consigo entender
A minha vida continua
Mas confesso que eu quis ser ainda sua.. (não pra sempre)
Quem pode me entender?
Depois, com você
Te descobri igual aos outros e só
São tantas noites...
Amores sem ciúmes
Eu sei bem mais do que antes
Das suas mãos, do seu perfume
Eu não consigo achar normal
Meninas do seu lado
Eu sei que não merecem e vão se dar mal
amando o novo namorado
...só eu. Sei te vencer
Procuro evitar comparações
Entre amores e desilusões, eu tento
Mas não consigo entender
A minha vida continua
Mas confesso que eu quis ser ainda sua.. (não pra sempre)
Quem pode me entender?
Depois de você
todos me parecem iguais e só
Ainda quero cantar Lenine, noutra versão, incontáveis vezes. Mas sem precisar comentar o fim(pois não o espero); Nem a decepção, nem a dor do coração.
Espero no futuro dizer, que dos muitos que encontrei, vivi, sofri, amei ou deixei, ao menos um valeu a pena. E que ainda outra vez valeria a pena.
Sendo assim, não apenas cantarei: farei questão de sussurrar ao seu ouvido que os outros são os outros, e só; Direi que minha vida, só, não continua e confessarei que vou ser para sempre 'sua'.
Não, eu não vou me esquecer."
Já conheci muita gente
Gostei de alguns garotos...
depois gostei de você
E vi que era igual aos outros
Ninguém pode acreditar
Na gente lado a lado
Daqueles mil amigos
você foi meu namorado
Procuro evitar comparações
Entre amores e desilusões, eu tento
Mas não consigo entender
A minha vida continua
Mas confesso que eu quis ser ainda sua.. (não pra sempre)
Quem pode me entender?
Depois, com você
Te descobri igual aos outros e só
São tantas noites...
Amores sem ciúmes
Eu sei bem mais do que antes
Das suas mãos, do seu perfume
Eu não consigo achar normal
Meninas do seu lado
Eu sei que não merecem e vão se dar mal
amando o novo namorado
...só eu. Sei te vencer
Procuro evitar comparações
Entre amores e desilusões, eu tento
Mas não consigo entender
A minha vida continua
Mas confesso que eu quis ser ainda sua.. (não pra sempre)
Quem pode me entender?
Depois de você
todos me parecem iguais e só
Ainda quero cantar Lenine, noutra versão, incontáveis vezes. Mas sem precisar comentar o fim(pois não o espero); Nem a decepção, nem a dor do coração.
Espero no futuro dizer, que dos muitos que encontrei, vivi, sofri, amei ou deixei, ao menos um valeu a pena. E que ainda outra vez valeria a pena.
Sendo assim, não apenas cantarei: farei questão de sussurrar ao seu ouvido que os outros são os outros, e só; Direi que minha vida, só, não continua e confessarei que vou ser para sempre 'sua'.
Não, eu não vou me esquecer."
segunda-feira, 1 de março de 2010
Desenho...
Papel e lápis à mão: O resultado foi este rabisco, inspirado no texto do primeiro post. Essa é a imagem que me vinha à mente enquanto eu escrevia (e sempre que releio) aqueles versos.
A moça traz um certo mistério. Revela algumas coisas de si mesma, mas muito está escondido, não conseguimos ver. É como se precisássemos buscar outros ângulos para descobrí-la de novas formas e compor o que realmente é.
A posição do seu rosto, por exemplo, pode sugerir que tenha o olhar por cima do ombro, revelando confiança em si mesma. Não depende de ninguém. Mas também caberia um olhar morto, cerrado, vazio e triste. Cheio de solidão; O dorso descoberto me fala que é livre, de regras e parâmetros pré-estabelecidos, não é conformada. Se nela realmente há beleza, não conseguiremos ver, mas parece ter charme. Além de uma sensualidade jamais vulgar, pelo contrário, próxima à elegância; A tatuagem grande sobre a pele, me diz de opiniões fortes, expressadas conforme a necessidade; Talvez, também seu gênio seja forte, não deixa de ser feminina... Nem percebo medo algum e quem sabe seja insegura. É intensa; O caimento dos babados na cintura me lembra pétalas, ela mesma parece um ramo, surgindo ali de dentro. Uma flor.
Observando várias vezes, pode ser que alguém comece a compreender fragmentos desta moça... Só sei que me parece peculiar, excêntrica, e ao mesmo tempo reservada em muitos assuntos.
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