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segunda-feira, 1 de março de 2010

Desenho...


Papel e lápis à mão: O resultado foi este rabisco, inspirado no texto do primeiro post. Essa é a imagem que me vinha à mente enquanto eu escrevia (e sempre que releio) aqueles versos.

A moça traz um certo mistério. Revela algumas coisas de si mesma, mas muito está escondido, não conseguimos ver. É como se precisássemos buscar outros ângulos para descobrí-la de novas formas e compor o que realmente é.

A posição do seu rosto, por exemplo, pode sugerir que tenha o olhar por cima do ombro, revelando confiança em si mesma. Não depende de ninguém. Mas também caberia um olhar morto, cerrado, vazio e triste. Cheio de solidão; O dorso descoberto me fala que é livre, de regras e parâmetros pré-estabelecidos, não é conformada. Se nela realmente há beleza, não conseguiremos ver, mas parece ter charme. Além de uma sensualidade jamais vulgar, pelo contrário, próxima à elegância; A tatuagem grande sobre a pele, me diz de opiniões fortes, expressadas conforme a necessidade; Talvez, também seu gênio seja forte, não deixa de ser feminina... Nem percebo medo algum e quem sabe seja insegura. É intensa; O caimento dos babados na cintura me lembra pétalas, ela mesma parece um ramo, surgindo ali de dentro. Uma flor.

Observando várias vezes, pode ser que alguém comece a compreender fragmentos desta moça... Só sei que me parece peculiar, excêntrica, e ao mesmo tempo reservada em muitos assuntos.

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