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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Acerto os ponteiros - Há certos ponteiros...

Comprei um despertador, espero que me obedeça
Não há coisa que mais aborreça (ou frustre)
que a sensação do despertar na hora errada.

Se cedo demais, damos jeito
Se tarde, quem sabe?

Nessa ansiedade quase não durmo
receio que o cansaço de uma vez me vença
e o sono seja muito profundo

Melhor o cultivo das vigílias pesadas
a perder o momento exato do despertar.

[Embora o abrir os olhos seja redescobrir o mundo - mágico
e permanecer em vigília não permita este encanto.
Pois o que desperta, renasce.
O que acordado já estava, vê nascer.
São milagres distintos]

Deixo que durmas
observo tuas fontes, esvaindo-se de antigas amarguras.
Te desejo um repouso-nascente, de sonhos.

Na calmaria.
Que combinem com os meus, quais guardo em insônia.

Que te sejam esperança
A minha é que, quando já os tiveres sonhado, despertes
Para que possamos retomá-los, no momento exato. Nem antes, nem depois.

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