Espaço dedicado a compartilhar expressões, reflexos e meras impressões através de textos, desenhos ou fotografias.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Manha

O cheiro que tenho na pele nem é meu
nem é certo
E a vida estava tão calma
De repente me vejo num novelo, embolada

Mas não acredito
nos gestos
nem nas palavras
Um ceticismo me treinou

Mesmo assim
Chamei meu bem
Falei dengosa
Ganhei carinho... briguei, como sempre
Me faço fria e distante

Então no escuro fiz beiço e chorei
Não quero nenhum bem
não quero nada e alguma coisa
estranha emoção insiste

Mas permaneço firme
alguns planos
doem meu coração

Não acredito nesse riso
nem no abraço
podiam ser verdadeiros pra forçar a crença

Mas vivo o minuto abraçada
com gargalhadas

O momento há
e é feliz

Só não entendo o por quê
de não haver alguém certo
que lute por me ter
assim

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