Espaço dedicado a compartilhar expressões, reflexos e meras impressões através de textos, desenhos ou fotografias.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Em memória

Dia a dia distantes
nos fazemos presentes
cada gesto singelo
Vem
Com imensas lembranças
e montagens de nós
assim, outra vez
Nos temos
Em memória do outro
sem arrependimento
É um tanto de graça
um tanto de carinho
de bons sentimentos
tanto de abuso...
E o que tanto de todas estas coisas pode ser
Senão amor?
Quando até o que foi ruim fez memória
aparou arestas
Ficou mais forte, não de força, mas de maturidade
outras vezes ficou mais cego, mais surdo
Ainda assim sempre houve entendimento
O que tanto aprendizado,
choques e faíscas
O que tanto desgosto, sem desistir, pode ser
Senão amor?
E sobre tudo, é tudo sobre
adrenalina - dentro e fora do corpo
Explosão de detalhes:
A inclinação da cabeça
O repousar da mão
O piscar sereno...
As mãos nos bolsos
O rosto nas costas
O rosto nas mãos.
Um caminho com chuva
O abraço apertado
O beijo roubado
Um sorriso contido
Um choro secreto e
Um desejo escondido
Que será tudo isso, senão amor?
Se não for, provo que amor desconheço
Se não for, provo que sua definição não sei
Por outro lado, se for, nele me alegrei
E não questiono o tipo
Descobir-se amor já é árduo o suficiente
sem como, nem por quê
basta saber: nele sou feliz

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